Apenas uma garota perdida tentando encontrar seu lugar nesse planeta que se chama Terra mas que é tão coberto de gelo.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

#19 Home in the bottle


Ontem sonhei com as minhas amigas. Talvez porque eu havia comido na Pizza Hut e nós sempre fazemos isso no Brasil. Faz um pouco mais de duas semanas que eu estou aqui e já sinto falta de tudo. Dos meus pais, de chatear meus irmãos, das conversas bobas no MSN, de almoçar com as meninas, de falar no telefone com elas. De borda de catupiry, do funk, das festas da unb, da unb em geral, das pessoas da unb em geral. De andar por Brasília. De fazer brigadeiro. Várias coisas. Em comensação, ainda tem muito o que quero ver e fazer em Vancouver e apenas 1 mês seria muito corrido. Hoje fui no Museum of Antrhopology of University of British Columbia. Really Amazing. A parte que eu mais gostei era uma espécie de sala que continha umas estantes com garrafas. Dentro de cada uma das garrafas havia um objeto diverso. E então era assim: após a guerra civil no Sri Lanka, muitas pessoas migraram para o Canadá. Aquilo tudo fazia parte de um projeto em que cada uma dessas pessoas depositara um objeto na garrafa, um objeto que representava o sentido da palavra "lar" ("home"). Achei simplesmente fantástico. O que eu mais gosto na Arte é exatamente isso de poder sentir o que outras pessoas sentiram, mesmo as que viveram mil anos antes de mim. Nada de técnicas, traços, e todas essas coisas que se aprende em uma universidade de Design. Apenas Arte. Fiquei pensando uns bons minutos sobre o que eu colocaria na minha garrafa. Não faço a mínima idéia. Uma foto da família talvez. O sentido de lar é tão amplo que eu não sei se consigo achar apenas um simples objeto para representar, e mesmo assim pode-se expressar um sentimento tão grandioso com apenas uma imagem, um simples objeto, uma "coisa". Muito interessante. Se eu tivesse que representar Vancouver, sei que colocaria água porque aqui chove direto. Ou uma Maple Leaf, que foi o que a maioria das pessoas da exposição haviam posto em suas garrafas. Depois do museu, fomos a um pub que - acreditem e fiquem com inveja - é dentro da universidade e a cerveja é muito barata! Eu não bebi e voltei mais cedo para casa, porque moro muito longe. Mas o lugar era muito bacana - ah se o pds fosse assim, não é mesmo brasilienses? Enquanto estava sentada no skytrain, passou uma mulher dançando e falando no celular, que estava apenas tocando uma música. Acho que ela era totalmente maluca, ou drogada ou os dois, e todos no trem estavam com medo dela. Por que será que os seres humanos possuem tanto medo da loucura? Será que ela dói? Eu tenho medo e não sei explicar. Acho que é um reflexo do medo do desconhecido. Talvez.

Às vezes me sinto extremamente feliz aqui.
Ah se eu pudesse guardar essa felicidade em uma garrafinha...
Ou então, as pessoas que eu amo.
Isso sim seria útil.

I miss you.

5 comentários:

  1. Vai ver que a mulher estava tentando vender sonhos ao estilo do boquinha de mel.

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  2. Vc já visitou a biblioteca de Vancouver?

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  3. hauhauhauha é mesmo!
    infelizmente ainda não =/
    Augusto Cury diz que existem dois tipos de loucura: a visivel e a oculta.

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  4. a mulher não pode nem dançar. ;x se fosse totalmente maluca não estaria sozinha, talvez fosse drogada ou estava fazendo graça. xD

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  5. tiops, talvez seja medo do imprevisível.

    ps: colocaria areia de praia na minha garrafa.

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